[País] - Itália/Milão

- Eu sei. - disse-lhe rindo-me - Como é que achas que eu tenho visto os outros? - abracei-o com força, puxando-o o máximo que conseguir para mim - Foi o pior ano da minha vida. - suspirei de olhos fechados - Foi horrível não ter a minha família e não te ter a ti. - voltei a meter-me direita e olhei-o nos olhos - Como é que estás? - perguntei baixinho - Depois de teres morto outra pessoa? - mordi o lábio inferior nervosamente. Outra coisa que era culpa minha.

Sorri levemente e encolhi os ombros, ainda não sabia qual era o truque dela, mas era melhor nem saber, ou ia estar sempre preocupado e ansioso e a ir ter com ela nos meus intervalos, assim não sabia e apenas ficava preocupado e ansioso e não corria o risto de a desmarcarar. Abracei-a com força quando me fez o mesmo e fechei os olhos - também foi para mim - murmurei e tive que me afastar ligeiramente quando ela me perguntou como é que eu estava. Não estava a perceber muito bem aquela pergunta até ela acrescentar o resto. Mordi o interior da bochecha e desviei o olhar do dela - eu não quero falar disso.

Assenti com a cabeça e passei a pontinha dos meus dedos pela bochecha do Axl - Mas sabes que se quiseres falar sobre isso, podes falar à vontade. - disse-lhe com um pequeno sorriso nos lábios antes de o voltar a beijar. Para mim era algo natural, que fazia de bom grado até mas ele não vinha do meu mundo e era normal que se sentisse mal. Quando era uma miúda, das primeiras vezes que tinha morto alguém, acabava sempre a vomitar num canto qualquer e com falta de ar, até que me tinha habituado a isso e a vê-lo como algo normal.

-Eu sei - disse olhando-a e mordi a parte de dentro da minha bochecha. E sabia, mas ter que falar ia-me fazer lembrar e eu queria fazer tudo menos lembrar-me. Era como se nos momentos que o fazia eu nem me lembrava do que estava estava a fazer - só espero que isto não se torne um hábito - encolhi os ombros olhando-a.

Continuei abraçada a ele e abanei a cabeça - Não vai voltar a acontecer, prometo. - odiava não ser uma rapariga como as outras, dar-lhe uma relação normal, com problemas normais e não este tipo de problemas, que envolvem mortes e fugas e tudo isso. Dei-lhe mais um beijinho nos lábios e continuei com os meus braços à volta do tronco do Axl - O que é que queres fazer agora? Podemos fazer o que quiseres. - disse-lhe com um sorriso para o tentar animar.

Despertei dos meus pensamentos quando ela me beijou os lábios e me perguntou o que é que eu queria fazer. Sorri passando os dedos pela sua bochecha e beijei-a de novo mas mais intensamente - tu não sabes mesmo o que é que eu quero? - perguntei-lhe baixinho, beijando-lhe o pescoço e encostando-a a mim.

Fechei os olhos mal senti os dedos do Axl a passar pela minha bochecha e entrelacei os meus dedos nos seus cabelos mal ele me voltou a beijar, desta vez mais intensamente e claro, eu correspondi ao beijo até me faltar o ar. Continuei de olhos fechados e mordi o lábio inferior mal a boca do Axl começou a descer para o meu pescoço. Desci também uma das minhas mãos, apertando o tecido do robe dele ao mesmo tempo que o tentava puxar para mim - Tenho uma vaga ideia. - respondi baixinho ainda de cabeça pendida para trás.