Calçada Principal\Rua principal

-Quero, se ainda não viveres com os teus pais - ri-me baixando-me levemente e passei as mãos pelos seus ombros fazendo-a sentar-se.

Abanei a cabeça e ri-me - Já não. Tenho uma casa só minha, para tua sorte. Então, queres vir? - pisquei-lhe um olho.

-Quero - disse levantando-me logo e puxando-a para sua casa, tentando ver se ainda me lembrava do caminho.

Deixei-me ir de mão dada enquanto andávamos pela rua depois de sairmos da academia - Vamos andando por ai. - sorri encolhendo os ombros - Algum sitio nos vai ocorrer de ir.

Puxei-a mais para mim passando a mão por cima do seu ombro e beijei-lhe a cabeça, eu já estava programado para fazer aquilo, agora era uma constante.
-Não é preciso que ocorra, mas daqui a pouco podemos ir beber alguma coisa.

Deixei-me ir encostada a ele mas dei por mim a olhar para todos os lados para ver se encontrava algum movimento estranho. Começa a ficar passada.
- Está bem. Estamos sempre parados num bar ou em casa já viste? - ri-me.

Ri-me com que ela constatou e encolhi os ombros.
-Somos novos, para onde queres ir? Estou à espera do calor para ir à praia - disse passando a mão pelo seu ombro. - e para ver se tenho trabalho.

Levantei-lhe ligeiramente a camisola e toquei-lhe nos abdominais enquanto sorria - Sim, eu também quero o calor. Quando me vires de biquini na praia - abanei a cabeça e mordi o lábio inferior - Vai cair-te tudo aos pés.

Sorri quando senti a sua mão nos meus abdominais e brinquei com o seu cabelo enquanto olhava para o seu corpo.
-Convencida - ri-me mordendo-lhe a orelha.

Encolhi-me toda quando me mordeu a orelha e ri-me - Não sou convencida, é a verdade. Quando me vires na praia vais morrer. - belisquei-lhe a barriga - Queres apostar comigo?

Ri-me contra o ouvido dela e beijei-lhe o pescoço enquanto a puxava mais para mim.
-É melhor do que te ver nua? - perguntei baixinho passando a mão pelo seu braço. - duvido.

Ri-me e mordi-lhe o pescoço - É. Muito mais sexy. Porque estou com um biquini super reduzido e sexy e tu vais estar com vontade de me saltar para cima e não vais poder. Vais ficar a olhar para o meu rabo e as minhas mamas com vontade de me violar. - mexi as sobrancelhas.

Levantei as sobrancelhas com tudo o que ela dizia e fingi que não estava interessado.
-Quem disse que não vou poder? - perguntei deslizando a mão pelo seu rabo puxando-a mais para mim - eu posso tudo.

Abanei a cabeça enquanto me ria e senti a mão dele a apertar-me o rabo - Vamos estar na praia, não vais poder.

-Vou sim - disse assentindo e voltei a passar os dentes pela sua orelha. - Vou levar-te para uma praia deserta - murmurei lá perto - e aí posso fazer tudo o que eu quiser - puxei-a mais para mim.

Agarrei-me ao corpo dele a rir-me e a sentir a minha pele toda arrepiada - Continua a sonhar, Axlzinho. Vais olhar, babar-te e querer tocar e não vais poder.

Ri-me colocando-a à minha frente enquanto eu andava e mordi-lhe o queixo.
-Não sei, eu posso agarrar em ti agora e levar-te para um beco sem saída - brinquei beijando-lhe o ombro.

Abanei a cabeça com um sorrisinho nos lábios - Não podes não, Axl. - estiquei-me até lhe conseguir morder a orelha.

-Posso sim, ou então entramos por um bar a dentro e vamos até uma casa de banho - disse mordendo-lhe o pescoço assim que ela fez o mesmo à minha orelha.

Fechei os olhos por um bocadinho e mordi o meu lábio inferior - Se não parares de fazer e dizer essas coisas, quem te leva para um canto sou eu.

Passei a língua pelo seu pescoço levantando a cabeça quando ouvi o que ela disse e acabei por sorrir.
-Vamos fazer coisas fixes Kimmy.

Mordi o lábio inferior com mais força e suspirei baixinho, tentando concentrar-me - Que coisas fixes é que vamos fazer?

Passei a língua pela sua orelha e puxei-a mais para mim.
-Coisas fixes - repeti parando e olhando em volta - vamos beber alguma qualquer coisa? - perguntei baixinho.

Mordi o lábio inferior com força e suspirei baixinho. Ele era a minha distração. Não era que isso fosse mau porque pelo contrário, era maravilhoso, mas ele era aquilo que os meus pais tanto me tinham avisado. No final, era sempre por causa de um homem que uma assassina ficava mais fraca. Sempre.
E aqui estava eu. Tinha passado seis anos a conseguir sobreviver e passar despercebida, dois deles sozinha, e agora estava a ser ameaçada. Porque o tinha conhecido. E o pior era que já não era só a minha família que estava em risco, ele também estava. E ele não se conseguia defender como os meus pais.
Passei as unhas com força na barriga dele e assenti - Sim, tenho sede.

Estava a mandar-me calar a mim próprio porque a minha cabeça estava a dizer-me que eu estava completamente apanhadinho por ela e isso era demasiado estranho para eu o reconhecer. Mordi-lhe a ponta do nariz agarrando-lhe nas duas mãos e assenti quando disse que tinha sede.
-Vamos beber alguma coisa - fiz um sorriso maroto largando-lhe uma das mãos para conseguirmos andar.