Grants house - LA

Fiquei com o dedo que Rosie me agarrava estendido assim que me sentei e sorri com a força que ela fazia, tocando-lhe nas pontadinhas dos dedinhos com a outra mão. - Ele é parecido comigo - fiz um sorriso todo convencido. Mordi o lábio enquanto a olhava e suspirei com um sorriso - eu não consigo parar de olhar, ela é tão linda, tão perfeitinha. - sorri quando abriu a boca num bocejo.

Ri-me com o que Kyle disse e encostei-me mais a ele enquanto assentia. Realmente, ele era a cara chapada do pai, só que mais novo. Mas eu sabia que não era a isso que ele se referia. Toquei-lhe com um dedo no nariz, esticando-me depois para lhe dar um beijinho no mesmo e olhei para a nossa princesa quando falou dela.
- Eu sei, eu também não consigo.- encostei a minha cabeça ao seu ombro, vendo Rosie remexer-se, como que a aconchegar-se para voltar a dormir.- é a nossa bebé, estavas à espera que fosse de outra forma? - olhei-o e foi a minha vez de sorrir toda convencida.

Encostei o queixo ao ombro de Abbie, ela era mesmo adorável, e não nos largava, ia ser uma menina tanto da mamã como do papá. Ri-me quando a ouvi e beijei-lhe o pescoço - nunca pensei que fosse tão bom - murmurei - ela é tão forte - estiquei a mão livre, passando-a pela sua bochecha. A mim não saía.

Encostei a cabeça à de Kyle, ficando a olhar para a nossa bebé, tal como ele fazia e sorri toda derretida quando ela fechou os olhinhos, pronta para nanar. Toquei-lhe nos cabelinhos que saíam do seu gorro e mordi o lábio com força mal ouvi outro suspirinho seu. Ela ficava tão adorável quando fazia isso. Encolhi-me ligeiramente, com o beijinho de Kyle e assenti, chegando-me mais para ele.
- Ela foi a melhor coisa que nos aconteceu.- murmurei.- valeu os meses todos de espera.- olhei-o pelo canto do olho.- não valeu? - perguntei mais baixinho e rocei os meus lábios na testa de Kyle, dando-lhe um beijinho lá.

Mordi o lábio enquanto ambos a olhava-mos, apostava que iamos estar todo o tempo a fazer isto a partir de agora. Fechei os olhos quando senti os lábios de Abbie na minha testa e sorri um bocadinho assentindo com a cabeça, encostando a minha cabeça ao seu ombro quando ma beijou - sim - murmurei - valeu mesmo muito.

Senti o meu coração bater muito ao ouvir Kyle e sorri, apesar dos meus olhos estarem a ficar cheios de lágrimas. Acho que todo o sentimentalismo da gravidez ainda não me tinha passado, mas eu estava tão feliz.
- Obrigada.- murmurei baixinho por causa de Rosie.- obrigada por me aturares, por teres ficado comigo este tempo todo e por me teres dado uma bebé tão perfeitinha.- funguei.- eu amo-vos muito.

Juntei as sobrancelhas quando vi os seus olhos cheios de lágrimas e suspirei com medo de ter feito alguma coisa mal. Encostei-me a ela beijando-lhe a bochecha e acabei por sorrir abanando a cabeça - tu não precisas de me agradecer. - murmurei - porque quem salvou a minha vida foram vocês - abanei a cabeça - mais ninguém. - beijei os seus lábios - eu amo-te muito. - olhei para Rosie - e a ti também pirralha - passei as mãos pelas suas bochechas.

Porque quem salvou a minha vida foram vocês. Eu não sabia muito sobre o amor, pelo menos antes de o ter conhecido, antes de me ter entregue a ele, e antes de deixar que ele entrasse na minha vida. Mas depois de o ter feito, a cada dia que passava eu era mais e mais feliz e nada melhor do que a nossa filha para completar essa felicidade. Estava tudo mais do que perfeito agora. Sorri ao ouvir as suas palavras e acariciei a sua bochecha com a minha mão livre, fechando os olhos ao sentir os seus lábios nos meus.
- Nós também te amamos.- sussurrei contra a sua boca.- mais do que tudo.

Sorri abrindo os olhos, olhando os seus olhos e encostei a testa ao seu ombro abraçando-me ao mesmo. Estava feliz, já não estava assim há anos, mas sentia que a minha cabeça ainda estava uma confusão. Ainda tinha na memória e, não ia sair tão cedo, as palavras de Jace. E sabia que mais tarde ou mais cedo ele ia voltar a atacar, ou para ver a minha filha ou para a ver a ela. Mas desta vez eu jurava que se ele tocasse com um dedo à Rosie, eu o matava. Não queria saber de mais nada, podia ir preso, podia ir para um hospício ou para outro sítio qualquer no fim do mundo, ele não lhe tocava.

Encostei-me completamente a ele, olhando para Rosie adormecida nos meus braços e ajeitei a sua mantinha, aconchegando-me melhor contra o meu corpo. Eu ia sempre tratá-la como se ela fosse de vidro, como se se pudesse partir a qualquer momento, mas não conseguia evitar. Beijei a testa de Kyle quando ficou mais calado de repente, só esperava que não estivesse a pensar coisas que não devia de novo.
- Em que é que estás a pensar? - perguntei baixinho, encostando a minha cabeça à sua.

Remexi-me fechando os olhos quando senti o seu beijo na testa e beijei-lhe o ombro com um meio sorriso. Levantei o olhar para ela quando me perguntou o que estava a pensar e encolhi os ombros - Na minha vida - sorri levemente. - Não foi a melhor até agora, - murmurei. Até agora a única coisa boa que tinha acontecido tinha sido ela, a Rosie e o meu pai, de resto... mais nada.

Sorri levemente ao sentir o seu beijinho e depois de olhar Rosie mais uma vez, encostei a cabeça à sua, fechando os olhos durante um bocadinho. Agarrei bem Rosie apenas com um braço e com a mão livre, tacteei pela cama até agarrar na de Kyle, apertando-a ligeiramente quando falou. Entrelacei os meus dedos nos seus e mordisquei o meu lábio.
- Eu sei.- disse baixinho, com um suspiro.- mas ela vai melhorar agora.- assenti.- ela agora está aqui e vai ajudar-te a esquecer os problemas, os bebés têm esse efeito.- sorri.- e também tens o teu pai, vai tudo melhorar amor.- murmurei. Eu não o estava a tentar convencer, eu esperava mesmo que isso acontecesse.

Sim, ela ia fazer-me esquecer de todos os problemas, mas o verdadeiro problema é que eu não me conseguia esquecer de um que tinha particularmente à ver com ela. Eu nunca, mas nunca ia ter a consciência limpa depois de ter morto tanta criança. Mesmo que fossem mortas a seguir, mesmo que fosse para me salvar, tinha sido a coisa mais egoísta que já tinha feito feito em toda a minha vida.
-Eu sei - murmurei apenas, olhando para Rosie com um meio sorrris.

Ele não estava igual, desde que tinha voltado da missão que não era o mesmo. Quer dizer, continuava a ser o meu Kyle, mas era um Kyle mais triste e distante. Eu sabia o porquê, e eu percebia, mas o que mais queria era que ele ficasse bom. Porque a culpa não tinha sido dele, ele só se tinha salvo. Encostei-me mais a ele, olhando para Rose e sorri com os seus lábios que formavam um biquinho amoroso. Toquei-lhe com o dedo lá e senti-me derreter toda. Era a nossa bebé e era a mais perfeita de todos. Subi o olhar para Kyle, vendo-o olhar para a nossa bebé também e cheguei-me mais para ele, dando-lhe um beijinho no queixo.
- Pára de pensar em coisas feias.- murmurei.-e dá-me beijinhos, antes que eles fiquem todos para a nossa filha.- semicerrei os olhos, mas sempre com um sorriso.

Levantei o olhar de Abbie quando falou e abanei a cabeça para mostrar que não estava a pensar em coisas feias. Estava, mas não a queria preocupar. Ri-me baixinho com o que ela disse e abanei a cabeça - não, vai deita-la primeiro, só te dou quando fores - deitei-me na cama de barriga para cima, ficando a dar festinhas no pézinho tapado de Rosie.

Sorri agradada ao ouvir a sua gargalhada baixinha e olhei para a nossa princesinha, fazendo uma expressão sofrida.
- Desculpas a mãe, não desculpas? - falei baixinho.- eu sei que estás bem no meu colo, mas eu tenho saudades dos beijos do pai.- toquei-lhe na bochechinha rosada.- e eu prometo que nós depois te damos muitos beijinhos.- baixei-me, beijando-lhe a testa com cuidado e levantei-me da mesma forma, indo deitá-la no seu bercinho do hospital. Aproveitei que ele tinha rodinhas para o aproximar mais da cama e voltei para junto de Kyle, esticando os lábios.

Sorri com a sua expressão, também não queria que ela saísse do nosso lado, mas queria estar com ela sem esmagar a minha filha recém nascida. Assim que ela voltou, apoiei-me na cama com um braço e estiquei-me até lhe beijar os lábios visto que os tinha todos esticados - Não estás com dores? - perguntei encostando-me ao seu corpo, passando as minhas mãos pelas suas costas, roçando os meus lábios nos seus.

Puxei as mantas para cima, para continuar quentinha, e sorri ao sentir os lábios de Kyle nos meus, acariciando a sua bochecha com as pontinhas dos dedos. Retribui ao seu beijo, chegando-me mais para ele e quando este cessou, deixei as nossas testas encostadas, bem como os nossos lábios. Subi o olhar para o seu e encolhi os ombros à sua pergunta.
- Um bocadinho.- murmurei.- mas estas eu consigo suportar.- descansei-o, dando-lhe mais um beijinho enquanto lhe fazia festinhas na bochecha.

Encostei os meus lábios ao seu maxilar quando disse que conseguia suportar, assim eu ia ter que ter muito cuidado com ela, não a podia pôr pior, ela tinha que voltar bem e rápido para casa. Desci os meus lábios pescoço seu pescoço passando uma das minhas mãos pelas suas costas. - Não posso abusar - murmurei - a médica avisou-me logo que não podia acontecer nada até duas semanas.

Fechei os olhos mal senti os seus lábios na linha do meu maxilar e levei as mãos ao seu cabelo, fazendo-lhe festinhas com as pontinhas dos dedos. Eu estava toda dorida, e ainda estava fraquinha, mas eu tinha estado tanto tempo sem ele que...Arregalei os olhos quando me disse que não podia acontecer nada até duas semanas e antes de falar, deixei-me ficar a saborear os seus beijinhos no meu pescoço, que como sempre, me fizeram ficar toda arrepiada.
- Duas semanas é muito tempo.- resmunguei baixinho.- eu fico boa numa semana, não é preciso esperarmos tanto tempo.

Toquei com a ponta do dedo na sua boca quando disse que duas semanas era muito tempo e abanei a cabeça - tu sabes como é que eu sou Abbie, vais ficar paradinha até daqui a duas semanas, quando estiver totalmente recuperada - beijei-lhe a testa virando a sua cara mais para mim, encostando-me mais a ela, roçando os meus lábios nos seus - nós temos tempo.

Eu já devia saber que por mias que falasse, não tinha hipóteses nenhumas com ele. No que tocava ao meu bem estar, nem que fosse para ficar um ano sem estarmos juntos. Eu percebia-o, faria o mesmo por ele mas, credo, ainda bem que eram só duas semanas. Bufei para o ar, fazendo uma expressão sofrida, e olhei para os seus olhos quando virou a minha cara para si.
- Sabes que depois vou raptar-te durante umas horas, não sabes?- sorri marota, dando-lhe um beijo.- tenho saudades tuas amor.- suspirei baixinho, abraçando-me com cuidado à sua cintura, dando-lhe mais um beijo.- mas eu espero.- encolhi os ombros.- descanso estas duas semanas, estamos com a nossa bebé, e depois aproveitamos.- sorri contra os seus lábios.- melhor assim?

Assenti com a cabeça com um sorriso quando me perguntou se sabia que ela me ia raptar - por mim até podia ser uns dias - murmurei com um sorriso safado - desde que estejas boa. - encostei a cabeça à dela passando as mãos pelas suas costas, eu não queria mesmo abusar, mesmo nada, mas era inevitavel, eu tinha tantas saudades delas, eu só lhe queria dar mimos e sentir seu corpo no meu.

Semicerrei os olhos ao seu sorriso maroto e não consegui não sorrir também, dando-lhe um beijinho no nariz depois de ter encostado as nossas testas.
- Eu vou estar boa.- murmurei, assentindo convicta do que dizia.- e gosto dessa tua ideia.- mexi as sobrancelhas.- só não acredito é que vejas a luz do dia durante esses dias.- encolhi os ombros, como se nada fosse, mas acabei por me rir baixinho, encostando-me mais a ele.

Abanei a cabeça rindo-me baixinho com o que ela disse - não, prefiro que seja em vários sítios diferentes, até pode ser na piscina quando não estiver ninguém em casa, ou quando estiverem todos a dormir.- disse baixinho, estar ali fechado naquele quarto estava a ser um sacrificio, desde sempre tinha odiado espaços fechados, mas depois de ter sido raptado e torturado ainda era mais.