Kim's House

Olhei para Kim,vendo que sorria e beijei-lhe a testa, mordendo o lábio quando se esticou até ao meu ouvido - quero - olhei-a com um sorrisinho maroto. Já precisava disto há algum tempo, para me distrair e deixar de deprimir, e também para continuar a minha vida de antes sem as drogas todas.

Assenti com a cabeça e dei-lhe um beijinho no maxilar antes de me afastar dele para ir até ao bar pedir bebidas para nós os dois. Queria que ele se sentisse normal agora que namorava comigo, não o queria prender em casa, queria que continuasse a fazer as coisas de antes.

*coisos feios*
Depois de os seguir desde a casa da miúda até à discoteca, não foi lá muito dificil entrar. O Jerry estava no carro à minha espera para depois levarmos o rapaz. Aproveitei que ela tinha ido ao bar, deixando-o sozinho e aproximei-me dele - Olá. - sorri um pouco, ou tentei - O teu carro está a apitar lá fora, é melhor ires ver. O segurança disse-me que o carro era teu.

Dei-lhe um beijinho na testa quando se afastou e enfiei as mãos nos bolsos, olhando para uns cigarros que tinha lá há anos. Fiz uma careta, mandando-os para o lixo e virei-me para o lado quando ouvi uma voz - Hã? Olá - olhei para o gajo mas por pouco tempo, não queria perder Kim de vista - o carro não é meu, deve ser o dela, vou chama-la, obrigado.

Assim que ele se virou para ir chamar a miúda, aproveitei para lhe espetar a agulha com tranquilizante no pescoço. Agarrei-o assim que tombou e olhei para uma miúda que estava a olhar - É o Axl Grant! - disse já toda bêbada e histérica - O Axl apanhou uma bebedeira, oh meu deus! - coloquei um braço à volta da cintura dele e caminhei para fora da discoteca. Assim que cheguei ao estacionamento, o Jerry ajudou-me a deitá-lo no porta bagagens e conduziu para o armazém.

Estava a ter um pesadelo, ou então era bastante real, mas não conseguia acordar. Fiz força para abrir os olhos e senti-os revirar para fechar novamente, mas consegui tentar, pestanejando algumas vezes. O meu corpo ainda estava adormecido, mas pelo menos conseguia ver. Engoli em seco, sem saber o que se estava a passar e tentei olhar em volta, tudo o que se via era preto e algumas sombras, não estava totalmente escuro. - Kim? - chamei baixinho, o que quer que fosse aquela droga, era da boa, da boa num sentido mau. - Kim? - chamei desta vez mais alto, remexendo-me onde quer que estivesse.

O Jerry tinha amarrado o rapaz à cadeira enquanto eu via todas as armas e fechava o armazém. Tinha a certeza que não ia demorar muito até a miúda dar por falta dele e quando começasse com as buscas, mais cedo ou mais tarde e desconfiava que mais cedo, afinal ela era filha dos pais dela, descobrisse onde nos encontrávamos. Levantei-me da cadeira quando o ouvi falar e o vi a remexer-se e aproximei-me - Kim? - repeti enquanto sorria - Não, filho, não é a Kim. - acendi uma luz que estava mesmo em cima dele - A Kim é a tua namorada não é? - não precisava que ele me respondesse àquilo, tinhamos feito bem o nosso trabalho de casa - Sabes tudo sobre a tua namorada, Axl?

Remexi-me quando me senti mais preso do que antes e abanei a cabeça, eu sabia que não devia ter saído com ela. Engoli em seco quando ouvi a voz de um homem - Onde é que ela está? - perguntei cerrando o maxilar. Fechei os olhos quando uma luz me invadiu os olhos, mas assim que me habituei olhei para o homem e de seguida para as minhas mãos presas, estava todo preso. Deixei-me ficar calado quando me perguntou se a Kim era a minha namorada e tentei largar-me - não - olhei o homem - e não preciso de saber tudo sobre ela.

Voltei a aproximar-me da mesa onde tinha estado sentando antes e fiquei a olhar para o rapaz enquanto se remexia na cadeira para se tentar soltar - Não vale a pena, estás bem preso. - peguei numa faca e comecei a brincar com ela na minha mão - Não precisas de saber nada sobre ela? - abanei a cabeça - Tu não sabes quem é que a Kim é. Ela contou-te o que aconteceu ao teu irmão?

Cerrei maxilar e engoli em seco para não gritar e não era de medo era mesmo de raiva. Levantei de novo o olhar para ele, que já não se via tão bem porque se tinha sentado não sei bem onde, mas vi um metal a reluzir. Ele tinha uma faca na mão. Encostei-me mais à cadeira baixando o olhar para os meus pés que também estavam presos - Sei mais do que vocês - disse entre-dentes, levantei o olhar quando falou no meu irmão - foste tu? Foste tu que o mataste?

Ri-me quando ele disse que sabia mais sobre ela do que nós e abanei a cabeça, levantando-me da mesa e aproximando-me dele de novo - Sabes? Não me parece, rapaz. - abanei a cabeça e continuei a brincar com a faca nas minhas mãos - Alguma vez conheceste a familia da Kimberly? Os pais dela. Sabes o que é que eles fazem para viver? - olhei para ele quando perguntou se tinha morto o irmão e abanei a cabeça - Não fui eu mas sei quem foi. Ela contou-te o porquê?

Fechei os olhos e respirei fundo, se cerrasse mais os dentes eles iam acabar partidos.
-Eu não quero saber de nada, eu confio nela, deixem-nos em paz - falei mais alto do que antes para ele e fiquei a olha-la quando disse que sabia quem o tinha feito - quem? Quem é que o matou? - Encostei a cabeça à cadeira fazendo força para tentar desamarrar os meus pés, mas só senti a cadeira virar-se para trás, fazendo-me gemer de dor por causa da pancada. - Quem é que foi? - perguntei mesmo estando naquela posição.

Abanei a cabeça quando ele continuou a remexer-se e ajeitei-lhe a cadeira de novo - Os pais da Kimberly são assassinos profissionais. - apertei-lhe as cordas das mãos com mais força - Ela foi ensinada a matar desde criança, Axl. Ela mata pessoas. - afastei-me dele e fui buscar o monte de fotografias que a agência tinha das mortes dela, todos agentes que tinham ido atrás deles quando ainda moravam juntos e depois quando se tinham afastados. Mostrei-lhe as fotografias uma a uma - A Kimberly mata pessoas e o teu irmão só morreu por causa dela.

Pestanejei algumas vezes os olhos quando me levantou a cabeça, levantei o olhar para a sombra dele e abanei a cabeça, juntando as sobrancelhas. Soltei um grito quando senti as cordas apertarem-me os pulsos e cerrei o maxilar, engolindo em seco com tudo o que disse de seguida, olhando para as fotos que me mostrava. Abanei a cabeça de novo e mordi o lábio quando o meu queixo começou a tremer, engolindo todas as lágrimas que apareceram assim que falou dela ser a culpada da morte dele - isso não é verdade - disse mais baixo que o normal.

Abanei a cabeça enquanto olhava para o rapaz - Ela mata pessoas e é por isso que anda fugida e sem os pais. - fui colocar as fotografias todas em cima da mesa e voltei de novo para o sitio onde ele estava - O teu irmão só morreu por causa dela. - abanei a cabeça - Tanto treino desperdiçado por causa de ti. - olhei-o e voltei a abanar a cabeça - Eu era colega do pai dela. Antes de se apaixonar pela mãe dela e decidirem fugir os dois para ficarem juntos. O amor torna tudo pior. - voltei a sentar-me na mesa - Eles ensinaram-na bem a esconder-se e a fugir de nós. Nós queremos a miúda, ela é melhor do que muitos dos nossos agentes. - desviei o olhar para as fotografias e sorri - E tu apareceste e facilitaste o trabalho. Sabias que nunca antes tinhamos estado tão próximos dela? - abanei a cabeça - Matar o teu irmão foi o mais próximo que estivemos dela. Ela nunca se tinha deixado apanhar e naquele dia quase que se deu de bandeja. Naquele dia e em todos desde que está contigo.

Não, ela não matava pessoas, isso não era verdade, ela... Lembrei-me do dia do assalto, da forma como ela me tinha agarrado, ela ia matar-me se não tivesse percebido que era eu, mas... podia só ser do susto não é? Sim... era só disso. Levantei o olhar para o homem quando voltei para a minha frente cerrando maxilar tentando soltar as minhas mãos - pare de falar do meu irmão - disse entredentes e remexi-me irritado com as coisas que ele dizia. Ela estava sempre a dizer que não ia gostar dos segredos dela, que podia colocar pessoas em perigo se fosse parar às revistas. A maneira como ela tinha fugido quando o Xavier tinha morrido. Eu agora percebia tudo. Estava a ver tudo turvo e quando pestanejei elas caíram. Engoli em seco cerrando os punhos, porque é que ele falava sempre do meu irmão - quem é que o matou? - perguntei.

Voltei-me para trás quando vi o Jerry a aparecer e voltei a virar-me para o Axl - O Jerry tem problemas de controlo. O objetivo era leva-la sem ferir ninguém mas ele às vezes tem dificuldade em perceber as ordens que lhe são dadas. - abanei a cabeça e continuei a olhar para o rapaz - Tu sabes que tudo o que te estou a contar é a verdade. - disse pela sua expressão - Ela vem atrás de ti. E assim que a tivermos e ela vier connosco, és livre. - dei-lhe uma palmadinha no ombro e virei-me para o Jerry - Toma conta do rapaz, vou ver o resto das coisas.

*Jerry*
Depois do Tom e.e Tom e Jerry e.e ir embora, olhei para o rapaz amarrado e abanei a cabeça - És parecido com ele. - ri-me enquanto o olhava - Quando lhe disparei para o meu da testa pensava que eras tu. Tu é que estás a estragar tudo. - revirei os olhos - Tanto trabalho por uma miúda quando basta matar-te e ela vem logo. - cerrei a mão num punho e dei-lhe um soco - Depois de ela vir o Tom vai dizer para eu te soltar. Não me apetece. - ri-me e dei-lhe outro soco - Tens é de ir fazer companhia ao teu irmão nos anjinhos.

*Kimzinha a morrer on*
Assim que voltei com as nossas bebidas, olhei em volta quando percebi que o Axl não estava ali. Olhei para uma miúda toda histérica e acabei por dar as bebidas a um casal que estava a passar - O que se passou? - perguntei à miúda.
- O Axl Grant! - disse toda contente - Oh meu deus ele é mais giro do que nas revistas! Eu vi-o todo bêbado e um homem levou! - riu-se - Ele tem seguranças que o levam a casa, que fixe!
Engoli em seco e comecei a sentir o meu coração a disparar-me no peito. Sai a correr da discoteca e fui para minha casa. Despi o vestido, trocando de roupa para as minhas calças e o top preto e atei o cabelo no alto da cabeça. Não podia ter nada que facilitasse para os outros. Coloquei a minha pistola nas costas e levei mais do que um carregador. Arranjei o resto das coisas e comecei a pensar, precisava de pensar. Da outra vez tinha queimado o armazém e eles tinham falado de outro armazém ali perto, outro sitio onde costumavam encontrar-se. Peguei nas chaves do carro e levei o saco com as minhas coisas. O Axl estava em perigo e a culpa era minha tal como a morte do Xavier tinha sido minha culpa. Eles já não queriam os meus pais nem a Caroline, eles agora queriam-me a mim. Eu ia com eles mas eles tinha de soltar o Axl. O Axl não...

Ouvi mais passos e tentei olhar para trás do homem, percebendo que esse era o suposto Jerry. O Jerry que tinha morto o meu irmão. Tentei afastar-me quando me deu uma palmadinha no ombro - ela não vai com ninguém. Supostamente é melhor que muitos dos outros não é? Então vai matar-vos. Aos dois. - quem me dera que isto fosse verdade, mas acho que quem acabava morto aqui era mesmo eu. Tentei endireitar-me na cadeira quando o outro me deixou sozinho com Jerry e quando o olhei respirei fundo algumas vezes. Tinha sido ele, eu sabia que o ia encontrar, só não sabia que era nestas circunstâncias todas - foste tu. - cerrei o maxilar quando ainda se riu e tentei afastar os meus pés uns dos outros. Eu é que estava a estragar tudo. Sim, ele tinha razão. Se não tivesse aparecido na vida dela, ela estava bem agora. Estava concentrada nas... nas suas mortes ou o que quer que ela fizesse e não tinha que se preocupar comigo, com uma pessoa insignificante que estava presa sem se conseguir mexer. Fechei os olhos quando levei um murro que me fez bater com a cabeça na cadeira e quando voltei a abrir os olhos. - Eu vou matar-te - gritei-lhe e depois de levar outro soco tentei afasta-los com pontapés, apesar de ainda ter os pés juntos.

Estacionei o carro à frente do armazém e tirei a arma que tinha presa nas costas, para me assegurar que estava tudo bem. Tirei do saco mais uns quantos carregadores e armas diferentes para ter muito com que me defender. Não sabia quantos eram mas eram mais velhos que eu e mais bem preparados. Ia fechar o carro quando ainda me decidi a meter uma faca na bota para o caso de alguma emergência.
Apesar de tudo, não foi muito dificil entrar no armazém, ou então o objetivo era esse. Parei quando vi uma cara que já tinha visto em fotografias do meu pai e levantei as mãos - Se é a mim que querem, deixem o Axl em paz.
Virei a cara na direção do barulho de alguém a gritar e o meu coração caiu-me aos pés. O Axl - Deixa-o ir! - gritei antes de correr na direção do Tom e tirar a minha pistola. Sabia que ele não me ia fazer nada, pelo menos nada que me matasse, não só por causa do meu pai mas porque me queriam levar viva. Cerrei os dentes quando embati numa parede e disparei mas falhei, o que me fez sentir frustrada além de revoltada. Eu não falhava. Deixei-me escorregar pela parede e deixei cair a pistola assim que levei com um pontapé no braço.
- Kimberly, nós só queremos fazer isto a bem.
Tirei a outra arma que tinha no coldre da perna e disparei, acertando-lhe mesmo no peito, na zona do coração - O meu pai ensinou-me a ter sempre muitas armas à mão. - murmurei quando o vi cair de joelhos.

Conseguia sentir o formigueiro nos sítios onde ele me tinha dado os murros. Fechei um olho com dores e suspirei sentindo-me impotente por nem sequer na minha cara conseguir tocar. Ele continuou para lá a falar e tentei escapar-me de outro murro, que ele não chegou a dar porque se ouvi um barulho seguido de um disparo. Fiquei logo alerta olhando em volta. - Kim - murmurei só para mim. E se... não... Não, não era ela, não era ela porque eles queriam-na viva. Sim... não era ela.
-Para que a tua salvadora chegou - disse Jerry virando-se para mim com a arma apontada em direcção à minha cabeça
-É esta a tua assinatura? - perguntei cerrando os dentes quando as imagens de Xavier me vieram à memória.

Aquele corpo estendido no chão a enchê-lo de sangue já não me afetava minimamente. Já tinha visto tantos desde pequena que já se tratava de algo banal, o mesmo não tinha acontecido assim que tinha visto o Xavier morto. Mordi o interior da bochecha enquanto me levantava e pegava na outra arma. Xavier... O Axl já devia saber de tudo e ia odiar-me, eu sabia que sim.. Eu tinha provocado a morte do irmão dele. Continuei a caminhar até ao sitio onde tinha ouvido as vozes e parei encostada a uma parede. O meu coração começou a bater mais depressa assim que vi o Axl amarrado a uma cadeira e um dos outros com uma pistola a apontar-lhe à cabeça - Deixa-o em paz. - falei alto para que me ouvisse já que não me conseguia ver por causa da parede - Afasta a arma.

Fiquei parado a olhar para a arma, ele nem se mexia, mas conseguia ver que queria mesmo disparar direito à minha cabeça, até eu morrer como o meu irmão. Engoli em seco quando ouvi uma porta a abrir e só aí é que me mexi, virando a minha cabeça na direcção do que devia ser Kim, devia porque eu não a conseguia ver só ouvir. Acho que não estava pronto para a ver tão cedo depois do que me disseram, por isso antes que aparecesse naquele espaço, desviei o olhar para o chão, para depois olhar Jerry querendo ver o que ele fazia. Eu sabia que o que me tinham dito era verdade mas agora ainda sabia mais e... não sabia o que estava a sentir. Não era medo, era mais... não sei. Neste momento a minha cabeça era uma máquina de lavar a roupa, mas em vez de roupa era sentimentos e demasiados.

- Mataste o Tom. - ouvi-o falar mais alto para que eu ouvisse. Não era uma pergunta mas ele não tinha bem a certeza - Ouvi dizer que és boa, é por isso que te querem. Melhor do que muitos agentes e és gira. - ouvi-o rir e senti uma vontade súbita de vomitar - Isso eu sei. Já te vi muito gira mesmo. Pena aqui este estar a estragar a imagem. - engoli em seco quando o vi a tocar com a ponta da arma na cabeça do Axl.
- Baixa isso e eu deixo-te ir embora. - disse metendo apenas um bocadinho da cara fora da parede. Não me ia arriscar a levar um tiro.
- Lamento, Kimberly. Acontece que agora que mataste o meu chefe posso fazer o que quiser. E eu gosto de meter balas no meio dos olhos de Grant's e vou gostar de te matar lentamente enquanto olho para ti.
Não conseguia disparar dali sem me arriscar a acertar no Axl por isso não havia nada que eu pudesse fazer.
- Sai dai lentamente depois de atirares a arma para o chão e não o mato já.

Cerrei o maxilar quando ele começou a elogia-la e se lhe pudesse... Ai se eu conseguisse eu matava-o sem dó nem piedade, isso vinha depois, agora não. Abri a boca para falar, mas só senti a arma mesmo encostada à minha cabeça que me fez estar o mais quieto possível, engolindo em seco, sim só agora é que estava a ficar com medo.
-Ela vai matar-te - disse-lhe - acho melhor mentalizares-te disso e quanto mais rápido me matares a mim, mais rápido ela vai matar-te a ti. - fiz o meu sorriso cínico apesar de estar cheio de medo. Olhei pelo canto do olho quando percebi que o que ele disse podia fazê-la aparecer e senti o meu coração apertar-se - Não. - pedi a Kim, porque eu preferia morrer do que vê-la a ser morta.

Mordi o lábio inferior e atirei a arma que tinha na mão para o chão, dando um chuto na mesma - As outras, eu sei que tens mais. - disse ele. Suspirei e tirei a arma que tinha no coldre da perna, fazendo o mesmo que tinha feito à outra. Afastei-me da parede e coloquei as mãos no ar enquanto aparecia no campo de visão dele. Mordi o interior da bochecha quando vi o Axl mesmo à minha frente a uns metros de distância.
- Já sai. - fui aproximando-me lentamente do sitio onde eles estavam antes que ele se passasse. Suspire quando o vi a afastar a pistola do Axl e fiz uma careta de dor quando senti o meu cabelo a ser puxado e fui atirada para o chão. Estiquei a perna e dei um pontapé na pistola dele, afastando-a. Voltei a esticar a perna mas desta vez para lhe dar uma cacetada na canela enquanto me arrastava até à arma.

Dei uma cacetada com a minha perna na cadeira quando vi as armas de Kim rolarem pelo chão e deixei a cabeça cair para trás de olhos fechados. Agora é que não queria ver mesmo, queria ter uma visão boa dela, não uma má, dela a morrer mas, assim que ela falou abri instantaneamente os olhos, sentindo a pressão da arma na minha testa desaparecer. Olhei-a, engolindo em seco e tentei afastar as cordas das minhas mãos, agora que ela estava desarmada queria mais do que nunca estar solto. Abri a boca quando ele lhe puxou o cabelo e remexi na cadeira. Sentia-me tão impotente ali sentado, sem me conseguir mexer, estava com os nervos à flor da pele