Beth's house

Assim que ela me puxou para beija-la eu endireitei-me em cima dela, passando as mãos pela sua bochecha, deixando que entrasse no seu cabelo e puxei-a mais para mim, sorrindo quando disse que não me deixava.
-O que é que fazias? - perguntei baixinho - esmurravas-me? - mordi-lhe o lábio

Soltei um suspirinho prazeroso ao senti a sua mão no meu cabelo e cheguei o meu corpo ainda mais para o seu, passando as mãos pelo seu peito. Sorri contra os seus lábios, sentindo o meu preso nos seus dentes e pendi ligeiramente a cabeça.
- Não.- abanei a cabeça.- prendia-te a mim, e assim, se fosses embora, tinhas de me levar contigo.- sorri marota.- ou então, prendia-te ao sofá ou à perna da cama.- encolhi os ombros.- mas daqui é que tu não saías.- disse com um sorriso fofo e dei-lhe mais um beijo.

-Não podes prender-me a lado nenhum, não gosto de estar preso - disse num tom de resmungo - por isso podias apesar dar-me um beijo que eu mudava de ideias - rocei os meus lábios no seu pescoço. Mordi o lábio quando comecei a sentir fome e a lembrar-me de uma coisa - Quando eu tinha fome e ainda não era hora de jantar - murmurei - a minha mãe fazia-me umas coisas.. assim.. pequeninas - fui fazendo gestos - brancas e um bocadinho amarelas - tentei lembrar-me e senti-me estúpido por não saber o nome.

Spoiler:

Levantei ligeiramente as sobrancelhas, juntando-as quando ele resmungou comigo, mas logo percebi o que queria dizer. Mordisquei o meu lábio e assenti.
- Desculpa, eu não te vou prender a lado nenhum.- garanti.- então, sendo assim, enchia-te de beijos.- reformulei o que tinha dito e sorri, sentindo-me arrepiar toda com os seus lábios a roçarem no meu pescoço. Deixei-me ficar quietinha, abraçada ao seu corpo enquanto ele falava e não consegui não sorrir com todos os seus gestos, percebendo que ele estava a falar de pipocas. Só podia.- ela fazia-te pipocas.- disse, dando-lhe um beijinho no nariz.- tens fome? - olhei-o, mas nem esperei pela sua resposta, era óbvio que tinha.- anda, vamos fazer pipocas.- desci uma mão até ao seu rabo, dando-lhe uma palmadinha no mesmo e sorri traquina, tal como Max fazia.

Levantei a cabeça quando ela disse o nome e assenti muito com a cabeça como fazia uma criança. - Sim, é isso - ri-me quando me deu uma palmada no rabo e saí de cima dela devagar, para depois me levantar. - Vamos ver se sabes fazer pipocas tão boas como aquelas que eu comia. - semicerrei os olhos indo atrás dela.

Senti-me derreter toda com o seu ar de criança e sorri, completamente babada com ele. Eu já tinha dito que estava a ficar toda apanhadinha, não já? Levantei-me assim que ele saiu de cima de mim e ri-me com os seus olhos semicerrados, semicerrando-lhe também os meus.
- Claro que sei.- disse em forma de resmungo, mas com um sorriso.- e tu vais ajudar-me a fazer, o que vai fazer com que elas sejam ainda melhores.- sorri, mexendo as sobrancelhas para cima e para baixo e entrei com ele na cozinha.

Abri muito os olhos quando a ouvi dizer que eu ia ajuda-la e juntei as sobrancelhas abanando a cabeça - eu vou ajudar? - perguntei meio assustado - mas eu não sei fazer nada - disse entrando na cozinha ao seu lado ficando a olhar para o fogão. Eu nem sabia como é que as pipocas se fa

Olhei para trás, para Leo quando o ouvi falar e assenti com um sorriso, ao ver a sua cara preocupada.
- Não estejas assim, eu ensino-te.- assenti e estiquei-me para lhe beijar a bochecha, indo depois buscar uma panela, o óleo e o milho.- é fácil, vais ver.

Sorri um bocadinho quando disse que me ajudava e assenti olhando para as coisas que ela tinha posto na mesa. Agarrei numa coisa amarela ficando a olhar para a mesma, mas acabei por deixa-la no balcão, devia ser precisa para alguma coisa. - Tu gostas? - perguntei

Sorri quando ele também o fez e coloquei a panela em cima do fogão, ligando-a. Peguei na garrafa de óleo e estendi-lha.
- Anda, cobre o fundo da panela com isto.- pedi agarrando-lhe no braço para que se aproximasse, ouvindo depois a sua pergunta.- claro que gosto, quem é que não gosta de pipocas? - sorri.- mas aposto que vou gostar ainda mais destas.- e pronto, já ia ficar toda lamechas.- vão ser as nossas pipocas.- ri-me baixinho.

Agarrei no que ela me tinha dado e fiz uma careta, eu acho que mesmo que ela tentasse ensinar nunca ia ser um grande cozinheiro. Fiz o que ela pediu colocando a coisa que não sabia o que era na bancada e fiquei a olha-la sorrindo. Ia dizer algo mas ia ser tão estúpido, eu não era mesmo deste mundo. Ri-me quando a ouvi e beijei-lhe o ombro. - pode ser que saiam esturricadas.

Fiquei a olhá-lo enquanto colocava o óle no fundo da panela e sorri qando o conseguiu fazer. Não que fosse uma coisa difícil, mas eu gostava de os ensinar aos dois a fazerem coisas novas, e ainda por cima, pipocas era uma coisa que ele gostava. Peguei no milho, colocando-o dentro da panela e tapei-a, para que as pipocas não saltassem mal começassem a rebentar.
- Daqui a bocadinho vais começar a ouvir os barulhos.- disse e virei a cara para ele quando ele falou, rindo-me.- não vão nada.- empinei o nariz.- estás a fazê-las comigo, vai correr bem e elas vão estar deliciosas.- murmurei com um ar todo convencido e fui sentar-me num banco enquanto esperava, puxando-o para o meio das minhas pernas.

Apesar de barulhos normalmente serem uma coisa má eu assenti com um encolher de ombros. - És muito positiva - disse encostando-me ao seu corpo quando se sentou. Beijei-lhe os lábios passando as mãos pelas sua cintura subindo pelo seu corpo por debaixo da sua camisola. - vai demorar? - perguntei baixinho.

- E não é uma coisa boa? Eu ser positiva? - perguntei com uma pequena careta, sorrindo mal ele se aproximou de mim e me beijou. Levei uma mão à sua bochecha, acariciando-a com as pontinhas dos dedos e mordisquei-lhe o lábio, ao mesmo tempo que sentia as suas mãos em contacto com a minha pele, debaixo da minha camisola. Fechei os olhos, arrepiando-me toda e suspirei prazerosamente contra os seus lábios, só voltando a abri-los quando falou.- não.- abanei a cabeça, beijando-o mais uma vez.- daqui a nada já estão prontas.- sorri ligeiramente e passei as mãos pelo seu peito, acabando por, tal como ele, deslizá-las para dentro da sua camisola. Eu não conseguia resistir a tocar-lhe.

Abanei a cabeça - não,só que.. - fiz uma careta e encolhi os ombros. Não fazia mal, eu é que era demasiado pessimista, mas também tinha porque ser. Nada me corria bem. Nem a mim nem ao meu irmão. Fechei os olhos ao sentir as suas mãos e sorri, encostando a cabeça à sua. - Isso é uma pena - murmurei.

Rocei os meus lábios nos seus quando deixou a frase em suspenso e dirigi-lhe um pequeno sorriso. Eu percebia o que ele queria dizer. Dava para perceber que tinha passado por dificuldades, que tinha feito de tudo para ultrapassá-las para conseguir cuidar de Max, ele tinha razões para ser assim, apesar de eu saber muito pouco. E o pouco que sabia, ou achava que sabia, eram apenas deduções. Ainda não tinha chegado a altura certa para falar com ele sobre isso, tinha de ser com calma.
- As coisas vão começar a ficar melhores e tu vais deixar de ser tão negativo.- dei-lhe um beijinho.- foi por isso que eu apareci.- sorri inocentemente e subi as minhas mãos até aos seus abdominais, subindo-lhe ligeiramente a camisola.- eu sei.- fiz uma expressão sofrida.- estou a tentar controlar-me para não te beijar e tocar muito, ou então as pipocas queimam mesmo.- ri-me baixinho. Apesar de que eu estava a tocar-lhe e a beijá-lo, mas pronto.

Levantei o olhar na sua direcção quando me disse que as coisas iam começar a correr melhor. Por enquanto estava tudo bem para mim, eu gostava mesmo de Beth, apesar de desconfiar dela ao início, mas eu era mesmo assim. Aproximei-me dela de novo e dei-lhe um beijinho - as coisas já estão melhores - fechei os olhos quando senti as suas mãos por baixo da minha camisola - concentra-te - baixei-me até lhe morder o lábio.

Sorri ao ouvi-lo dizer que as coisas já estavam melhores e em parte, sem querer ser convencida, eu sabia que também tinha ajudado. Eu tinha-lhe dado casa, tinha-lhe dado comida e...não sei, eu tinha a esperança de conseguir mesmo ajudá-los. Suspirei contra os seus lábios, ainda com as mãos enfiadas dentro da sua camisola e passei as unhas pelos seus abdominais, gemendo baixinho assim que me mordeu o lábio.
- Não consigo.- murmurei, fechando os olhos.- tu descontrolas-me toda.

-Então eu vou controlar-te agora - murmurei. Agarrei-lhe numa das mãos que estavam dentro da minha camisola e coloquei-a no meu ombro, fazendo o mesmo à outra. - Já está - beijei-lhe o queixo - vai ver aquilo, eu não percebo nada. -Os estoirinhos já tinham começado há alguns minutos e agora já não se ouvia nada, já devia estar pronto.

Um beicinho foi formado pelos meus lábios assim que ele afastou as minhas mãos do seu peito e eu esforcei-me por mantê-las nos seus ombros, suspirando baixinho.
- Eu só me controlo porque tem mesmo de ser.- disse num tom de resmungo e baixei os lábios até à sua testa, dando-lhe lá um beijinho. Assenti quando falou nas pipocas e levantei-me, indo vê-las.- já estão prontas.- sorri.- cheira bem, não cheira? - olhei-o por cima do ombro e fui buscar uma taça para meter lá as pipocas.

Ri-me do seu resmungo e fechei os olhos quando senti o seu beijo na minha testa. Olhei para as pipocas e sorri assim que disse que estavam prontas - cheira - disse espreitando curiosamente. Mordi o lábio abrindo a tampa, apesar de saber se não podia e roubei apenas uma levando-a à boca. O cheiro, o sabor. Começava a ficar nostálgico e isso não era nada bom.

Ia passar as pipocas para a taça quando vi Leo tirar uma sorrateiramente. Sorri, abanando a cabeça e enquanto a comia, eu peguei no tacho, virando-as todas para a taça.
- Então? - olhei-o sempre com o meu sorriso.- está boa? - perguntei, estendendo-lhe a taça.- toma, podes comê-las à vontade.

Baixei o olhar na direcção da taça de pipocas que ela me passava e agarrei noutra comendo-a novamente, assentindo com a cabeça - sim - disse baixinho. Se calhar não devia pedir-lhe para fazer aquilo, o meu coração estava todo apertadinho e era nestas alturas que eu gostava de trocar com o meu irmão e ser eu a não me lembrar de nada

Ia sentar-me de novo no banco, mas ao ouvir o seu tom de voz baixo, eu virei-me para ele, juntando as sobrancelhas numa expressão preocupada ao ver a sua carinha.
- O que se passa? - perguntei, aproximando-me dele e tocando-lhe no queixo.- não estão boas? Se quiseres eu faço outras. - ele tinha ficado assim tão de repente..será que eu tinha feito alguma coisa? Não me lembrava de ter dito algo de mal, estava preocupada.

Levantei o olhar na sua direcção vendo a sua expressão preocuada e abanei a cabeça tentando formar um sorriso, que não foi muito bem sucedido - Só estou com saudades - disse muito rápido olhando para as pipocas - anda, vamos comê-las. - fui até à cozinha.