Beth's house

Sorri quando disse que era passando a mão pelo seu cabelo beijando-a mais uma vez - eu tento - fiz uma careta, era um bocado dificil ser simpático para as pessoas que não conhecia de lado nenhum, os meus intintos mandavam-me manda-los afastarem-se sempre, mas eu estava a conseguir. Ri-me com o que ela disse abracei-a - não tenhas ciúmes. - disse fechando os olhos enquanto a abraçava - pode ser que um dia ele a leve a casa - brinquei.

Sorri contra os seus lábios, encostando-me por completo a ele e passei as mãos pelo seu peito.
- E estás a conseguir, aposto que toda a gente gostou de ti.- murmurei com um sorrisinho, voltando à minha cara de má quando me disse para não ter ciúmes.- eu amo-te.- disse.- não gosto de ver as outras babarem-se para ti.- semicerrei os olhos.- se bem que isso significa que eu tenho bom gosto.- empinei o nariz e acabei por me rir, roçando os meus lábios no seu maxilar.- da maneira que ele está, isso deve estar cada vez mais próximo de acontecer.- pisquei-lhe o olho e logo lhe agarrei na mão, entrelaçando os meus dedos nos seus.- anda, vamos sair daqui enquanto podes.- mexi as sobrancelhas.

Encolhi ligeiramente os ombros, houve pessoas que me olharam meio desconfiadas, mas tinham razão para isso, supostamente conheciam-me de algum lado e infelizmente eu sabia muito bem de onde isso vinha. - Elas não se babam por mim - ri-me abanando a cabeça. Agarrei na mão dela e olhei para trás para avisar a senhora, mas ela própria abanou a mão para que eu fosse embora. Sorri puxando-a para a rua e olhei-a - onde me levas?

- Babam sim.- disse com cara de má, esticando-me até lhe dar um beijinho na bochecha.- tu és sexy e elas queriam todas ficar contigo.- semicerrei os olhos, apertando a sua mão.- mas tu és só meu.- empinei o nariz com um ar convencido, saindo depois ao seu lado da mercearia. Coloquei uma mecha de cabelo atrás da orelha, coçando a bochecha e depois olhei-o com um sorriso.- tens fome? - perguntei.- eu pensei que como era a tua hora de almoço pudessemos ir comer a algum lado.- encolhi ligeiramente os ombros.

Depois de me despedir de Leo, segui para casa. Subi as escadas que davam acesso à mesma e depois abri a porta, espreitando lá para dentro.
- Max? - chamei, na esperança de que ele já estivesse em casa, mas depois de vasculhar por todo o lado, apercebi-me de que ainda devia estar com a namoradinha. Sorri, abanando a cabeça e fui até ao meu quarto. Pousei a mala em cima da cama e abri a porta do meu guarda fatos, precisava de dar um jeito naquilo e visto que não tinha nada para fazer, podia tratar disso agora. Estava a tirar umas caixas de dentro do mesmo quando uma coisa caiu de dentro de uma delas. Juntei as sobrancelhas, olhando para o embrulho caído no chão e quando me baixei para o apanhar, recordei-me do que era. O meu coração apertou-se só de sentir aquilo nas minhas mãos. Deixei as caixas pousadas no chão e fui sentar-me na pontinha da cama, tirando os papéis que embrulhavam aquilo até ficar só com as minhas pontas nas mãos. Mordi a parte de dentro da minha bochecha com força enquanto olhava para elas e passei as pontinhas dos dedos pelas mesmas. Estava agora a ser invadida pela vontade que sentia de dançar.

Apesar de não ser uma coisa muito cansativa trabalhar naquela mercearia, eu cheguei a casa cansado. Passei os dedos pelos olhos indo até à sala e sentei-me durante um bocadinho, olhando em volta.
-Beth? - chamei apesar de não ter sido muito alto indo depois até ao seu quarto.

Se eu não me tivesse iludido..se eu não fosse tão ingénua, se..se eu não fosse tão estúpida, podia estar a dançar naquele momento. Abanei a cabeça, passando uma mão pela minha bochecha e foi então que ouvi a porta abrir-se. Pelos vistos já estava ali há tempo demais. Levantei-me de repente, enfiando as pontas no armário e passei as mãos pela cara, fungando para me tentar recompor.
- Estou aqui.- disse alto o suficiente para ele ouvir e quando me ia virar para ir ter com ele, ele apareceu à porta. Mordi a parte de dentro da bochecha com força, indo ter com ele e dei-lhe um beijinho.- como correu?

Juntei as sobrancelhas quando a vi meio corada e com os olhos vermelhos e chorosos aproximei-me um bocadinho passando os dedos pela sua bochecha - bem - murmurei num tom ainda mais baixo - o que é que tens? - perguntei - porque é que estás a chorar - encostei-a a mim quando a puxei pela cintura.

- Ainda bem.- disse com um pequeno sorriso e tal como já previa, ele reparou na minha cara, na cara de quem tinha acabado de chorar. Soltei um suspiro baixo, encostando a minha cabeça no seu peito e mordi-me toda por dentro para não o começar a fazer de novo.- não é nada.- disse baixinho.- está tudo bem.- murmurei, ficando a passar um dedo pelo seu peito de forma distraída.- estava com saudades tuas.- disse ainda mais baixinho e quando olhei para o armário, o meu queixo voltou a tremer. Engoli em seco, fungando baixinho e proíbi-me de começar a chorar à sua frente. Podia ter sido tudo tão diferente..

Engoli em seco quando se veio abraçar a mim. Eu nunca sabia o que fazer quando alguém se abraçava a
mim enquanto estava assim, triste, como ela estava. Assim que vi o seu queixo tremer levantei o olhar para onde ela o estava a fazer abraçando -a com mais força - conta - pedi baixinho

Reprimi um soluço mal senti o meu corpo protegido pelos seus braços e engoli em seco, subindo o meu olhar devagarinho para o seu quando o ouvi pedir-me que lhe contasse, de novo.
- Eu só queria que as coisas tivessem sido diferentes.- murmurei baixinho, sentindo as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas.- eu só queria não ter sido tão estúpida e ingénua ao ponto de acreditar naqueles dois.- solucei.- eles destruíram tudo.- abanei a cabeça.- eles destruíram o único sonho que eu tinha.- calei-me assim que o choro se tornou incontrolável e escondi a minha cara no seu braço.

Engoli em seco ao ver o seu estado ficando apenas a olha-la sem saber muito bem o que fazer. Passei os dedos pelas suas bochechas para afastar-lhe as lágrimas - tu nao tens culpa - murmurei encostando-a a mim - nao tens culpa de nada- suspirei fechando os olhos e abraçando-a com força.

Funguei baixinho assim que senti as suas mãos nas minhas bochechas e engoli em seco, mordendo a parte de dentro da minha bochecha com força, para tentar parar de chorar.
- Tenho.- assenti com o queixo ainda a tremer, mas não deixei que as lágrimas caíssem.- eu não devia ter acreditado neles.- abanei a cabeça, apertando a sua camisola nas minhas mãos.- eu fui tão burra.

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Afastei-a para que ela me olhasse e eu conseguisse olha-la e agarrei-lhe na cara. - Acalma-te. Isso nao é verdade, tu és ingenua nao és burra - suspirei voltando a abraça-la, apertando-a nos seus braços - eu não amo pessoas burras. - dei-lhe um beijinho

Funguei baixinho, olhando os seus olhos assim que o senti agarrar-me na cara e controlei o meu queixo que tremia, para não recomeçar a chorar. Mordi a parte de dentro da bochecha com força enquanto o ouvia falar e agarrei-lhe na bochecha, aprofundando ligeiramente o beijo, mas nada demais.
- Desculpa isto tudo.- pedi contra a sua boca.- eu vi as pontas e..fiquei com saudades.- encolhi ligeiramente os ombros.- foi uma parvoíce, desculpa.- endireitei-me, passando as mãos pela cara. Não queria estar assim à sua frente, só precisava de ultrapassar tudo isto.

Abanei a cabeça quando me começou a pedir desculpa e suspirei passando as mãos pelas suas bochechas. - Não quero que me peças desculpa, tens direito de te ir abaixo. - murmurei - mas não podes desistir, porque é que não tentas outra vez? - perguntei - volta a dançar. - sorri levemente - eu adorava ver-te dançar -dei-lhe um beijinho na testa.

Respirei fundo quando finalmente consegui parar as lágrimas e subi o olhar para Leo, ouvindo tudo o que ele me dizia. Pois..toda a gente dizia o mesmo, que não devia desistir, mas eu era somente a empregada de limpeza da academia para onde sonhara ir desde sempre. Era mais complicado do que o que parecia.
- Eu não posso entrar para a academia, lembraste? - murmurei baixinho, encostando a minha cabeça no seu ombro depois de sentir o seu beijinho na minha testa.- eu sempre quis ir para lá.- apertei a sua camisola nas minhas mãos, tentando não começar a chorar de novo, já chegava.

Passei a mão pela sua cabeça quando encostou a mesma ao meu ombro e suspirei fechando os olhos. -Eu sei que aquela é uma academia de renome, mas há outras e ias ter o mesmo sucesso - beijei-lhe a testa e afastei-me o suficiente para a olhar. - Vai para outra.

Só me apetecia ficar assim para sempre, encostada a ele, a sentir os seus braços rodearem o meu corpo, o que me fazia sentir mais do que segura, e esquecer todos os meus problemas. Soltei um suspiro baixo quando tive de levantar a cabeça para o olhar, mas acabei por fazê-lo, assentindo com um encolher de ombros.
- Eu depois vejo.- disse apenas.- isto foi uma estupidez, não sei o que me deu.- murmurei, voltando a encostar-me a ele.- desculpa, isto já passa.

Revirei os olhos quando encolheu os ombros e abracei-a com força começando a andar em direcção à cama. - Não foi uma estupidez - murmurei beijando-lhe a testa - foi o que sentias - suspirei baixinho - pode não passar agora - dei-lhe festinhas no cabelo sentando-a no meu colo quando me sentei.

Deixei que me conduzisse para onde queria, indo sempre encostada ao seu corpo e assim que se sentou na cama comigo no seu colo, ajeitei-me no mesmo. Encostei a cabeça no seu ombro, procurando pela sua mão e fiquei a brincar com os seus dedos, olhando para os mesmos.
- Não vai passar nunca.- acabei por admitir num murmurio baixo.- eu perdi tudo por causa deles.- mordi a parte de dentro da bochecha com força.- até a minha família.- pisquei os olhos quando começaram a ficar húmidos.- eu fiquei sem nada.

Suspirei dando-lhe festinhas na mão com que ela brincava e olhei-a beijando-lhe a testa - tu não perdeste tudo, agora tens-me a mim e ao Max - encolhi os ombros e olhei para o chão - eu sei que não é a mesma coisa, mas - mordi a parte de dentro da bochecha olhando-a - Vais reaver a tua família, eu tenho a certeza que eles te vão aceitar de novo agora.

Fechei os olhos durante uns segundos ao sentir o seu beijinho na minha testa e encostei-me por completo ao seu corpo, sentindo logo o meu relaxar. Ele conseguia acalmar-me, só por ser ele já me conseguia acalmar. Passei as mãos pela cara mal o ouvi falar e levantei a cabeça, abanando-a.
- Não é a mesma coisa, é melhor.- disse, tocando-lhe no queixo para que me olhasse.- tu e o Max foram a melhor coisa que me aconteceu.- funguei, olhando os seus olhos.- eu amo-te Leo, como nunca amei ninguém.- sorri ao de leve.- estar contigo é melhor do que tudo o resto.- voltei a encostar-me a ele.- porque eu sei que quer a minha família me aceite de volta ou não te vou ter sempre comigo.- abracei-me ao seu corpo.- vou não vou?

Baixei o olhar para ela quando disse que era melhor, mesmo assim não disse nada, fiquei apenas a olha-la sem saber muito bem como reagir. Não era que não gostava, muito pelo contrário, eu gostava do que estava a ouvir, mas era estranho. Nunca ninguém que não fosse da minha família tinha dito que gostava de mim, aliás, que me amava. Encostei a minha testa à dela e sorri-lhe assentindo com a cabeça - é - murmurei beijando-lhe os lábios - vamos animar-te. - levantei-me tirando-a do meu colo e fui ao seu armário, desconfiava do que ali estava. Sorri quando vi as pontas dela e dei-lhas - eu quero ver-te dançar.